Macule lê
Cepos de cana e dorsos negros destacam no cinza dos canaviais.
Versos de ódio em melodias de amor, cantadas em dialetos pra iludir o feitor.
Vem curumim vem êre, dançar macule lê.
Ao som dos atabaques, batendo as grimas, porretadas na discriminação.
Hoje somos livres, temos orgulho somos nação.
Nação negra branca indígena.
Somos guerreiros descendentes da tribo de Ioruba.
Salve nossa senhora da purificação
Salve oxalá, salve esta terra Brasil.
Preto branco índio macule lê.
Markos Câmara